Sérgio Buarque de Holanda
BIBLIOGRAFIA:
Nasceu em 1902 e faleceu em 1982 seu pai funcionário do estado levou uma vida urbana (boêmio) sua formação superior foi em direito , mas começou sua carreira como critico literário e jornalista e posteriormente professor da escola de sociologia e política e era muito indisciplinado.
Em 1930 passou a investir em educação superior, por ter participado da semana da arte moderna em 1922 que se discutia a identidade brasileira os obstáculos para o desenvolvimento para o progresso e as formas de vencer o atraso no Brasil que era economia agrária.
Sergio B . de Holanda queria levar o conhecimento do povo brasileiro sair da mãos de seus conquistadores e mostrar as desigualdades , heterogeneidade étnica , heranças de escravismo , etc...
Passou a defender a inclusão de negros , índios , mulheres , pobres, os marginalizados da sociedade oligárquica dos quais deverão ser integrados a sociedade brasileira .
Estava preocupado a conhecer a singularidade do Brasil sua obra era racional, conceitual , documentada, interpretativa, erudita ,objetiva, intuitiva ,literária e artística . A diferença de Dilthey e Weber e que Sergio B. de Holanda distingue conhecimento da natureza e o conhecimento da sociedade e realiza a compreensão adequada ao conhecimento do mundo social , ele tem uma visão do Brasil teórica social Weberiana pela primeira vez no Brasil.
Pensava no futuro e na identidade do Brasil e busca a tornar – se Pós portugueses que o nosso mal e a herança , não a miscigenação ser brasileiros .
Livro :
Raízes do Brasil, obra símbolo de uma época, foi publicada em 1936
O capítulo 1 :
caracteriza a Península Ibérica assinalando que o seu desenvolvimento, por se dar em um território fronteiriço, não ocorreu da mesma forma que em outros países europeus. Esse fato deu à região uma série de características peculiares, que seriam trazidas ao Brasil no bojo das grandes conquistas marítimas. Entre esses aspectos singulares estava a cultura da personalidade, na qual o apego pelo prestígio pessoal resultava na ausência de uma moral de culto ao trabalho, diferente dos países protestantes. Daí teria origem uma outra característica importante: a fraqueza das instituições e falta de organização social. Em contrapartida, o fato de os hispânicos não conceberem uma disciplina baseada em consentimento coletivo, gerava entre eles um paradoxal senso de obediência.
No capítulo 2:
seguindo o paradigma das tipologias weberianas, são construídos os modelos do trabalhador e do aventureiro. O primeiro, único que poderia colonizar o Brasil justamente por possuir uma excepcional adaptabilidade, caracterizava-se por buscar novas experiências, ignorar fronteiras e viver de horizontes distantes. Já o segundo era marcado pelo esforço persistente, por conseguir tirar proveito das insignificâncias e ver antes a parte que o todo. A grande lavoura, principal unidade produtiva da colônia, se constituiu não com base em um plano preconcebido pelos portugueses, mas sim ao sabor das condições primitivas do meio. O uso de escravos foi a forma escolhida para o trabalho, o que também se adequava à repulsa lusitana pela atividade manual e contribuía para diminuir ainda mais a necessidade de cooperação entre os conquistadores.
Herança colonial, o capítulo 3:
tematiza a estrutura rural da sociedade colonial. O declínio da mesma se deu a partir de 1850 em função do fim do tráfico escravo, que era sua base de sustentação desde o século XVI. Nesse contexto, se estabelece uma nova dicotomia, a relação rural-urbano, que se manifesta igualmente no universo mental, onde a visão de mundo tradicional entra em conflito com valores modernos. O malogro de Mauá, em tempos onde o patriarcalismo e o personalismo eram hegemônicos, aponta para a incompatibilidade das estruturas nacionais com as práticas mais “industrializantes”. Aqui, a fazenda, vinculada a uma idéia de nobreza, ainda predomina sobre a cidade.
Estreitamente ligado ao capítulo anterior, “O semeador e o ladrilhador”, um dos mais brilhantes do livro, estabelece uma nova oposição. O espanhol, ou o ladrilhador, se caracterizava por tornar suas cidades um exemplo de racionalidade, onde a linha reta obtinha o triunfo. O semeador, ao contrário, representava o português, aferrado ao litoral, que construía cidades irregulares, nascidas e crescidas sem o mínimo planejamento. A origem desses traços lusitanos era explicada pelo seu desejo de fazer fortuna rápida, dispensando o trabalho regular.
5° capítulo:
um dos mais discutidos, aborda alguns elementos que definiriam (não de forma absoluta) a identidade nacional. Apropriando-se de um conceito de Ribeiro Couto[1], Sérgio Buarque afirma que o "homem cordial" é resultado da cultura patrimonialista e personalista própria da sociedade brasileira. A nossa cordialidade enfatizava o predomínio de relações humanas mais simples e diretas que rejeitavam a polidez e a padronização, características da civilidade. A dificuldade de constituição de um Estado “civil” brasileiro se expressava no fato de que essa instituição não era (e não é) um prolongamento da família. A hegemonia de valores familiares e patriarcais, vinculadas também ao homem cordial, impedem uma distinção clara entre a noção de público e privado.
6° capítulo :
debate as consequências da presença lusitana na configuração da sociedade brasileira, a partir da vinda da família real para o Brasil. Apesar do choque causado aos velhos padrões coloniais, a permanência do personalismo português determina alguns traços da nossa intelectualidade, ou seja, o conhecimento (superficial) era importante apenas na medida em que dava prestígio e diferenciação. O apego às idéias fixas e simplórias facilitava o trânsito do positivismo entre nossos pensadores. A decorrência disso na vida política correspondeu à ausência de um espírito democrático, demonstrando a necessidade de transformar o paradigma dos movimentos reformistas, feitos, até então, somente de cima pra baixo.
O sentido marcadamente político da obra aparece em “Nossa revolução”, onde o autor demonstra a diferença das revoluções ocorridas aqui na América em comparação com os movimentos europeus. E no caso brasileiro, apesar do urbano ir assumindo a sua independência em face do rural, esse processo ainda não está completo. Somente quando aniquilarmos as raízes ibéricas de nossa cultura e propiciarmos a emergência das outras camadas sociais, aí sim teríamos finalmente concluído a nossa “revolução”. É evidente, nos alerta Sérgio Buarque, que ao ocorrer esse processo, as resistências conservadoras poderão surgir, no entanto, ainda podemos acreditar que uma democracia efetiva se concretize na América Latina. E é pela defesa desse ideal que o caráter político de Raízes do Brasil salta aos olhos em seu último capítulo, finalizando um trabalho de peso na nossa historiografia.
‘’ a formação do carater do brasil depende de portugal”
sentido eos ritmos da revolução brasileira:
um ritmo lento, revolução transitória de sociedade rural , rígida por privilégios ,familiar natural para uma sociedade urbana o rompimento com o estatuto colonial .
A sociedade brasileira formou-se mal pois a colonização portuguesa foi desastroza - ao contrario de capistrano sergio b. De holanda afirma que o espirito brasileiro vai para as cidades .
Refêrencia historiografica são quase semelhantesa a de WEBER E MARX
Periodo de transformações:
Caio prado jr e Gilberto freire e Sergio b . de holanda ( formação do brasil comtemporaneo) tiveram grande importancia.
CRITICA :
TINHA INFLUÊNCIA POLITICA , POR BUSCAR A MODERNIZAÇÃO INDUSTRIAL E FUTURAMENTE GETULIO VARGAS AJUDOU FUNDAR A USP EO PETROLEO .
BUSCA EM SAIR DO ARCAICO PARA O MODERNO.